Ensino,Exortação e Contribuição



Dom:
A salvação é recebida através da graça. É um dom de Deus. A Bíblia diz em Efésios 2:8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie
Não Despreze O Dom De Deus 2 Timóteo 1:1-18
"Reavives o Dom de Deus"Comece a considerar a partir de hoje os teus dons particulares, aquelas qualidades dadas por Deus, habilidades das quais você foi ricamente provido. Usufrua delas, não as desperdice mais. "Não desprezes o dom que há em ti" 1 Timóteo 4:14a

Na sua primeira carta a Timóteo, Paulo falou muito do trabalho que Timóteo teria que fazer entre os efésios (veja 1 Timóteo 1:3,18; 3:14-15; 4:6,11; 5:21; 6:11-16,20). Nesta segunda carta, porém, ele focaliza mais no próprio Timóteo, exortando-o a não desfalecer no serviço do Senhor para o qual ele foi chamado (veja 2 Timóteo 1:6,8; 2:1,8; 3:14; 4:1-2). Para animá-lo, o apóstolo lembra Timóteo das seguintes coisas:
A fé verdadeira (1:1-5). A fé do apóstolo Paulo se manifesta em duas maneiras. Primeiro, ele está cumprindo seu apostolado "de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus" (1:1). Convencido das promessas de Deus em Cristo, ele mesmo acreditou no evangelho e agora ensina para convencer outros (veja Atos 26:13-20). Segundo, por causa da sua confiança em Deus e seu amor para seu "amado filho" (1:2), Paulo ora "noite e dia" a favor de Timóteo (1:3).
A fé de Timóteo também se manifesta verdadeira. Mesmo tendo um pai incrédulo Grego(veja Atos 16:1-3), Timóteo escolheu servir a Deus, convencido pela instrução e exemplos da sua avó Lóide e sua mãe Eunice(1:5). Sua fé era tal que os irmãos de Listra e Icônio a notaram e davam bom testemunho dele (veja Atos 16:2). Até o próprio apóstolo Paulo disse: "estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento" (1:4-5).
Se Paulo não desfaleceu, mas continuava sua missão confiando em Deus mesmo dentro da prisão (veja 1:8,16), Timóteo deveria continuar seu trabalho com esta mesma confiança no seu estado livre.
"Dons" de Deus (1:6-14). Timóteo recebeu um dom espiritual pela imposição das mãos do apóstolo Paulo (veja Atos 8:18), e precisa usá-lo sem medo e de acordo com o poder, amor e moderação de Deus (1:6-7).
Além deste dom espiritual, Paulo lembra Timóteo de outro "dom" que recebeu - o chamado na graça de Deus para sofrer junto com Paulo no ensino das "sãs palavras" que manifestam a todos a vida e imortalidade (1:8-14; veja Atos 5:40-42). Sofrer por fazer o bem é um dom de Deus que faz o servo fiel crescer (veja Hebreus 12:4-13; Tiago 1:2-4).
Exemplos dos outros (1:15-18). Mesmo quando muitos deixaram de atender a Paulo na prisão, Onesíforo se esforçou sozinho, além do que se esperava (1:15-17). Servindo Paulo, Onesíforo estava servindo Cristo (veja Mateus 25:37-40). O exemplo de Onesíforo iria encorajar Timóteo a ficar firme no seu serviço a Cristo, mesmo se estivesse sofrendo sozinho, ciente de que o galardão virá da parte do Senhor "naquele Dia" (1:18).
POR QUE ENTERRAMOS OS TALENTOS? “Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor” (Mat.25:18)

Ensino Jó 42.1-4
" Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo:

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.
Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. "

Jó foi um homem sábio, pois de início observamos que temia ao Senhor e, conforme Pv 1.7 “o temor do Senhor é o Princípio da ciência: os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”.
Quando seus filhos faziam festas Jó oferecia holocaustos para que, se porventura tivessem agido de forma a desagradar a Deus, o Senhor os perdoasse e até mesmo Deus deu testemunho dele.
Mestre:O Mestre Relevante sabe a sua missão.
Em 2 Timóteo 4:2, lemos: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.”
Paulo iniciou este trecho desta segunda carta a Timóteo, com um dramático apelo, no versículo primeiro. A intensidade que Paulo coloca no desafio a Timóteo é tanta, que ele chama como testemunha, às sua palavras, a pessoa de Deus e a Cristo Jesus. Realmente, a vida de Timóteo não era fácil! Não parecia haver muita possibilidade dele fugir às suas responsabilidades. Em 1 Timóteo 5:21, Paulo já o havia “encostado no canto da parede,” desafiando-o a guardar os conselhos recebidos sob o testemunho de “Deus, Cristo Jesus e os anjos eleitos”! Agora, quando está prestes a conscientizar Timóteo dos seus objetivos, a mesma forma de apelo é utilizada, mostrando a importância das palavras que se seguiriam.
Se Timóteo almejasse ser um Mestre Relevante, ele teria que saber bem certinha qual era sua missão. Se quisermos ser Mestres Relevantes, é melhor que prestemos atenção à descrição da missão que Paulo deu a Timóteo:
1. Prega a Palavra...
A proclamação da Palavra de Deus, das verdades recebidas e registradas por servos escolhidos e inspirados pelo Espírito Santo, encabeça a lista de recomendações. Pregar, aqui, significa proclamar como um arauto, ou seja: sem digressões, sem considerações filosóficas inúteis, sem argumentações irrelevantes. Proclamar a Palavra em sua simplicidade, com toda a fidelidade possível, sem distorções. Esta é a parte essencial do nosso objetivo e missão.
Logicamente, se a instrução é para que a Palavra seja proclamada, existe uma pressuposição de que, aquele que irá proclamá-la conhece a palavra, o autor da palavra e os fatos transmitidos pela palavra. É impossível concebermos o Mestre de Assuntos Cristãos, se ele não for um crente nas verdades de Deus, um salvo pelo poder de Cristo. Da mesma forma, é impossível sermos Mestres Relevantes, se a nossa vida está perdida. Nessa linha, é básico que saibamos os fatos da palavra que temos que pregar. Na tentativa de serem relevantes aos dias atuais, muitos mestres têm se perdido transmitindo apenas opiniões pessoais e trazendo para classe uma enormidade de assuntos contemporâneos, sem se preocuparem com as prescrições e determinações da Palavra de Deus, com freqüência, por desconhecê-las.
A Pregação da Palavra está intimamente ligada com o conceito de ensino, com todas as suas técnicas, métodos e formas de aferição. A ligação foi feita pelo próprio Jesus, quando em Mateus 28:19 e 20, ao proferir a “Grande Comissão”, nos manda fazer discípulos, através da pregação (Marcos 16:15, Lucas 24:47) e do ensino. O Mestre Relevante, conseqüentemente, sabe que sua missão é Pregar e Ensinar a Palavra, com toda compreensão dos fatos e verdades espirituais implícitas nessa proclamação.
2. Insta...
O Mestre Relevante sabe que a sua missão traz em si o sentido de urgência. Aquilo que está ensinando são assuntos de vida ou morte! Daí a complementação de Paulo a Timóteo: “Insta,” mostrando que a proclamação da palavra é muito mais que uma simples declaração de fatos. Timóteo precisava urgenciar, seus alunos às decisões importantes requeridas pela palavra de Deus.
Timóteo não podia desanimar, nem arranjar desculpas para se desviar de sua missão, pois Paulo continua instruindo que a proclamação deveria ser feita em todas as situações. A missão deveria estar tão presente na vida de Timóteo que se situaria acima de suas próprias conveniências, ou seja, nas ocasiões oportunas ou não (“Em tempo, e fora de tempo”), quando as circunstâncias fossem favoráveis, ou não. O ensinamento não é para sermos inconvenientes em nossa mensagem, para estarmos ensinando, quando deveríamos estar fazendo um outro trabalho, que seria também nossa responsabilidade, mas é para termos persistência e coragem de nos mantermos em nossa missão, mesmo quando for mais cômodo pularmos fora dela.
3. Corrige...
A missão do Mestre Relevante resulta em mudança de vida, trazendo-a para os caminhos prescritos por Deus. O Mestre Relevante tem a consciência de que sua missão não estará completa se ele não mapear com precisão e correção estes caminhos, corrigindo os desvios de curso na vida de seus alunos, e assim Timóteo foi instruído a manter firmes as mãos no leme da vida de seus discípulos.
4. Repreende...
O Mestre Relevante possui autoridade. Sendo bíblica a sua instrução, a autoridade vem da própria fidelidade na transmissão das verdades de Deus. Muitas vezes, é preciso repreender a linha errada de pensamento ou comportamento, principalmente quando o aluno não dá atenção à correção. Esta aplicação da autoridade não significa falta de amor, mas o exercício deste. Timóteo precisava repreender. Existirão muitas ocasiões onde seremos chamados a repreender e falharemos se não o fizermos. Para tal seria necessário, também, que tivéssemos uma clara visão do certo e do errado dos padrões de Deus, procurando a orientação que o Espírito Santo nos concede, na compreensão das escrituras.
5. Exorta...
Exortar traz em si a idéia de aconselhamento, de gentil persuasão. Implícita, nesta parte da missão, está a experiência pessoal do aconselhador, como podemos inferir também do que Paulo escreveu em 2 Coríntios 1:4. Presente, na tarefa de exortar está também o nosso envolvimento pessoal. Quantas vezes tomamos uma atitude distanciada, fria e asséptica, com relação aos nossos alunos. Tal atitude pode ser a mais cômoda, mas será a menos eficaz no que diz respeito ao aconselhamento.
Timóteo teria que submergir nas situações individuais de cada um de seus discípulos, absorverem os seus problemas, sentir as suas dificuldades e, destilando tudo isso no caldeirão do seu próprio conhecimento e experiência, ministrar a palavra certa de encorajamento e persuasão necessária a cada ocasião.
É significativo o alerta que aqui encontramos na instrução de Paulo: a exortação e todo o processo de instrução que a precede não poderiam ser realizados apressadamente, impacientemente, sem cuidado e, muito menos, sem a correta base doutrinaria, pois Timóteo é avisado de que todo o ensinamento teria que ser ministrado “com toda longanimidade e doutrina”.
Por: Joaquim Xavier E.B.B – 25/07/2010

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