Dez conselhos para quem vai entrar na faca
Atentados à beleza:Mutilações e mortes alertam para o risco de escolher o médico errado...
No Brasil, há cerca de 1 500 médicos sem título de especialista em operação plástica que se aventuram pela seara da cirurgia estética. Com tantos doutores pouco habilitados no mercado, são grandes as chances de bater na porta do consultório errado. Alguém que decida submeter-se a uma cirurgia estética deve tomar uma série de cuidados. Abaixo, algumas indicações que devem ser levadas em conta antes de entregar o corpo a um cirurgião.
1
Verifique na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (telefones: (011) 826-1499, em São Paulo, ou (021) 266-7821, no Rio de Janeiro) se o médico possui o título de especialista. Só pode intitular-se cirurgião plástico aquele que, além dos seis anos de medicina, fez dois de residência em cirurgia geral e três em cirurgia plástica.
2
Procure referências do cirurgião com amigos e amigas que já passaram pelas mãos dele. Médicos conhecidos e de confiança também podem e devem opinar.
3
Desconfie do médico que apregoa seus serviços em anúncios. Os bons cirurgiões não precisam disso.
4
Não se deixe levar pela tentação dos preços baixos ou dos parcelamentos a perder de vista. A plástica bem-feita não é baratinha. Uma cirurgia de pequeno porte, como correção de orelha de abano, varia de 3 000 a 5 000 reais. A colocação de prótese mamária, tida como uma operação de médio porte, vai de 5 000 a 8 000 reais. As cirurgias de grande porte, como a lipoaspiração do abdome, não saem por menos de 5 000 reais e podem chegar até a 10 000 reais.
5
Por menor que seja a intervenção, a cirurgia plástica, como qualquer operação, exige exames pré-operatórios: eletrocardiograma, hemograma, urina, entre outros. Alguns especialistas defendem ainda que só as operações com anestesia local podem ser realizadas em clínicas. Se for esse o caso, certifique-se de que na sala cirúrgica há pelo menos um aparelho de monitoramento das funções orgânicas vitais. Nos procedimentos mais complexos, com anestesia geral, por exemplo, o ideal é que a cirurgia seja feita em um hospital.
6
Se o médico lhe prometer maravilhas, como ausência de cicatrizes ou pós-operatório indolor, não acredite. Em média, depois da operação, fica-se de repouso por 24 horas e leva pelo menos uma semana até a retirada dos pontos. Mas existem casos especiais. Uma plástica no abdome, por exemplo, requer até dois dias de repouso absoluto. Por outro lado, os pontos de uma cirurgia nas pálpebras podem ser retirados já no terceiro dia do pós-operatório.
7
Uma consulta com um bom cirurgião plástico demora em média meia hora. Não pode ser rápida demais. Os melhores profissionais são aqueles que não terminam a consulta sem antes esclarecer todas as dúvidas dos pacientes.
8
Fuja do médico que insistir em simular os resultados da cirurgia no computador. Pode até parecer que o doutor está antenado com os avanços tecnológicos. Mas é só isso. O médico experiente sabe que a simulação só aumenta a expectativa do paciente e o risco de decepção depois da operação.
9
Não caia na lábia do doutor que, sob o argumento de economizar tempo e dinheiro, promete fazer várias cirurgias de uma vez só. É bastante arriscado. O correto é operar no máximo duas regiões do corpo de cada vez.
10
Antes da cirurgia, fotografe a área do corpo a ser operada.
Fontes: Rogério Izar Neves, cirurgião plástico e
Gilberto Baumann de Lima, advogado
Gilberto Baumann de Lima, advogado
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