MONTE HERMOM
MONTE HERMOM
Uma montanha junto à fronteira nordeste da Palestina e do Líbano, com vista para a cidade fronteiriça de Dã. Fica coberto de neve; de seu degelo nasce o rio Jordão. O monte Hermon domina Canaã, vendo-se o seu diadema de neve e sua crista acima das alturas, que estão em volta.
Para a Síria, era esse monte o lugar santo da sua religião. O culto a Baal era a religião predominante em Canaã, antes da chegada dos israelitas. Na maioria dos picos altos do país havia altares conhecidos como “lugares altos”, quanto mais altos eram, mais sagrados eram considerados. Nesse lugar foram plantados bosquezinhos de arvores e erigidos altares para adoração. Como o Monte Hermon ultrapassava a todos os montes da região, era considerado como o “lugar alto” mais importante, o "altar dos altares". Os cananeus olhavam para o Monte Hermon da mesma forma como os muçulmanos olham hoje para Meca quando oram. Para Israel, já prevenidos contra a idolatria, que se praticava sobretudo nos altos, era a penas a fronteira natural do norte. Era o monte Hermom a grande baliza dos israelitas: constantemente se fala nele como sendo o seu limite setentrional.
Os hebreus conquistaram toda a terra, desde o rio Arnon até o monte Sião que é Hermon (Dt 4.48). Era o ponto norte, como era também o monte Tabor. Por outros nomes era conhecido o Hermom, sendo o nome mais antigo Sião. O seu orvalho é tão abundante que as tendas dos viajantes aparecem molhadas, como se sobre elas caissem grandes gotas de água.
O hermon é conhecido como caudilho das montanhas da Palestina mede oito quilômetros de largura por trinta e dois de comprimento. Têm três picos, o mais alto dos quais está a 2.796 metros acima do nível do mar Mediterrâneo. Durante séculos, antes da época de Abraão, o monte foi venerado por sua estreita relação com Baal.
Em contraste com este costume, Davi perguntou: “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.1-2).
Durante o verão de 1934, o doutor J. Stewart Crawford e G. Frederick Owen, encabeçaram uma pequena expedição durante a qual estudaram os antigos altares de Baal que rodeiam o Monte Hermon. Localizaram muitas ruínas e em cada caso, o altar estava orientado de tal maneira que quando o sacerdote e o devoto estavam no mesmo, todos olhavam na direção do santuário principal de Baal (Quibla), localizado sobre o mais alto dos picos do Hermon.
Na continuidade do trabalho, escalaram a montanha e acharam as ruínas do templo de Baal, edificado com obra de alvenaria herodiana, indicando que datava de uma época imediatamente anterior e contemporânea do início da era cristã. Em um lugar baixo, perto do extremo noroeste do templo, a escavação encontrou montões de cinza e ossos queimados que haviam sido depositados ali como restos de sacrifícios. É evidente que este templo de Baal estava em pleno uso quando ocorreu a transfiguração de Jesus no cume sul.
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