Significado da montanha na Bíblia: monte Sinai



Duas das montanhas mais presentes no Antigo Testamento, apresentadas como lugar da manifestação de Deus ao Seu povo, são o monte Sinai e o monte Sião.

Quanto à montanha de Sinai (Ex 19,2), não se sabe ao certo onde se situa. A partir do século IV, a tradição cristã colocou-a na cadeia montanhosa do Sinai do sul, perto do actual mosteiro de Santa Catarina. Não sabemos se é o mesmo monte que, por vezes, é chamado de Horeb (Ex 3,1; 4,27). O nome Sinai pode vir do deus Lua, chamado Sin, divindade comum nos povos semitas; mas também pode vir de seneh, a sarça que ardia sem se consumir.

A montanha do Sinai é, antes de mais, a montanha sagrada do encontro de um povo com o seu Deus. Por isso, o povo não pode subir o monte, nem aproximar-se dele. Deus não fala directamente com o Seu povo; serve-se, normalmente, de intermediários, como por exemplo Moisés.

A manifestação de Deus está descrita com terminologia própria, conforme era usual nesse tempo e cultura, para realçar a grandeza infinita do Deus da montanha e a sublimidade do Seu poder (Ex 19,16-25; 20,18-21): raios de fogo, nuvens, o trovão que faz tremer a montanha. Trata-se do respeito que todo o homem era chamado a manifestar perante a presença de Deus.

O Monte Sinai é o monte da Lei, pois é aí que Deus dá os seus mandamentos (Ex 20,1-17), sendo também o monte da Aliança (Ex 24,1-11).

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