O Fariseu e o Publicano-Quem e tu???

(Lucas 18:9-14)
Aula da E.B.D elaborado Joaquim Xavier Profº de Escola bíblica dominical.

Quando consideramos o fariseu, vemos uma atitude orgulhosa quando ele se aproxima de Deus. Essa atitude era demonstrada de dois modos diferentes.
O fariseu demonstrava sua atitude orgulhosa primeiro de tudo pela sua postura. Ele estava em pé. Sem dúvida, tinha olhado rapidamente ao redor de si para ter certeza de que alguém estava perto para ouvir como ele era maravilhoso. Não somente estava de pé, mas, como Jesus o descreve: "orava de si para si mesmo". Ele estava mais preocupado em lembrar-se de suas virtudes, e com aqueles que o ouviam, do que estava em falar com Deus.
Esta atitude era também demonstrada pela própria oração. Não havia demonstração de reverência a Deus. Não havia manifestação de humildade. Não havia reconhecimento de sua posição em relação com aquele a quem estava se dirigindo. Não havia petição. A única coisa que vemos na oração do fariseu era uma apresentação convencida, orgulhosa, de suas virtudes em relação com outros. No fariseu vemos o sentimento de que Deus tinha que ouvi-lo e aceitá-lo pelo que ele era e pelo que tinha feito. Sua oração era uma medonha demonstração de hipocrisia.


O coletor de impostos
Voltando-nos para o coletor de impostos, contudo, vemos uma atitude de humildade. Como acontecia com o fariseu, sua atitude era demonstrada de dois modos diferentes.
A postura do coletor de impostos revelava vividamente sua atitude. Ele estava em pé afastado, assim se retirando da multidão. Não havia desejo de ser ouvido por ninguém além de Deus. O coletor de impostos nem sequer levantava os olhos para o céu. Sua percepção de Deus e de sua relação com ele não lhe permitiria levantar seus olhos, mas antes provoca-o a abaixar a cabeça. Enquanto estava longe da multidão, cabeça abaixada para o chão, ele batia em seu peito e orava: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!".
Esta oração curta, simples, precisa, feita por este coletor de impostos pecador continha todos os ingredientes necessários para ser ouvida por Deus. Nesta sentença há um reconhecimento da misericórdia de Deus, um conhecimento do pecado, uma consciência de que sem o perdão misericordioso de um Pai Celestial, este modesto coletor de impostos se acharia sem esperança. Eram estas as considerações que o levaram a baixar sua cabeça, bater em seu peito e humilhar-se sob a poderosa mão de Deus.
Resultados
Ao considerarmos o contraste nas atitudes e orações destes dois homens, é importante olhar para os resultados de suas duas orações.
O fariseu saiu sentindo-se justificado. Ele tinha acabado de falar com Deus. Ele se impressionou e, sem dúvida, a outros também, que tinham ouvido sua recitação hipócrita de valores. Ele tinha cumprido sua responsabilidade e, em sua mente, tinha-a cumprido muito bem. O coletor de impostos, por outro lado, saiu justificado por Deus, porque se humilhou. Ele saiu justificado porque possuía a chave do oferecimento de uma oração que é aceitável por Deus. Ele demonstrava as qualidades da verdadeira grandeza no reino do céu como é descrita em Mateus 20:26-28. " Quem quiser ser o primeiro entre vos será vosso servo". Este homem desceu á sua casa justificado porque percebia que quem quer que se humilhe será exaltado (Mateus 23:12).
A aplicação é clara. Quando consideramos nossa própria atitude na oração, é ela mais parecida com a do fariseu ou com a do coletor de impostos? Humilhamo-nos na presença de Deus ou achamo-nos agradecendo-lhe porque não somos como outras pessoas pecadoras? Humilhamo-nos ou agradecemo-lhe por nossa força e o fato que não caímos como outros caíram? Sentimos a necessidade de exclamar, como o fez o coletor de impostos: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador"?
O Fariseu E O Publicano - Presentation Transcript
1. A oração agradável a Deus
2. 10«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro publicano. 11O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: ‘Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este publicano… 13O publicano, orava de longe e nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador. (Lc 18,10-13)
3. Quantas vezes a nossa oração assemelha-se a do fariseu: «Obrigado, Senhor, porque não sou como ele, ela ou eles. Tenho a sorte de não pertencer aquela família, pais ou raça; é bom para mim não frequentar certas companhias ou grupos».
4. Estando em casa sozinhos ou com os amigos, no trabalho ou na escola com os colegas, ou caminhando pelas ruas da cidade, sem nos darmos contas, estamos a rezar como o fariseu, isto é, estamos a fazer comparações entre “nós” e “os outros”, procurando concluir que, enfim, somos melhores ou piores do que os outros.
5. Esta maneira de rezar nasce dos nossos sentimentos de inferioridade ou de culpa ou, também, dos medos escondidos que tantas vezes conduzem os nossos pensamentos e acções.
6. Jesus condenou a oração do fariseu porque é muito perigosa: parte do medo e produz rivalidade, divisão, violência … A verdadeira oração parte dum sentimento profundo de humildade e produz compaixão, amor, solidariedade...
7. A oração do fariseu é destrutiva porque está fundamentada numa mentira: «eu sou melhor ou pior do que os outros». A verdade é que não somos aquela diferença que pretendemos encontrar.
8. Somos gente, somos iguais aos outros, isto é, pessoas com qualidades e defeitos; como os outros somos limitados, fracos, enfermos e pecadores, mas somos filhos e filhas de Deus.
9. Por isso não devemos agradecer a Deus porque somos diferentes de outros, mas sim, porque somos como os outros. Não somos melhores ou piores do que os outros, somos enfim diferentes, mas sempre criaturas de Deus.
10. Compreendemos agora a oração do publicano que nem sequer ousava levantar a cabeça. A verdadeira oração é humilde.
11. Ser humildes é sentir-se parte da criação de Deus, pertencer a esta terra, a esta família, a este povo e, neste “pertencer”, encontrar motivos de gratidão.
12. Ser humilde é dizer: «Obrigado, Senhor, porque me criastes e eu não sou digno de pertencer a esta criação; obrigado, Senhor, porque me remistes e eu não sou digno desta redenção; obrigado porque me chamaste à Tua glória e eu não sou digno dessa felicidade». A oração humilde aumenta a gratidão e torna-nos justos aos olhos de Deus e faz-nos encontrar o nosso lugar no Reino de Deus.
13. No meu comportamento posso notar rastos de individualismo, de rivalidade ou de competição e sei que isto não me ajuda a instaurar relações humanas verdadeiras e profundas com os outros.
14. Mas Jesus compadeceu-se de mim, veio procurar-me lá, nos meandros onde estava perdido, recolheu-me, salvou-me e fez-me compreender que a vida é um dom maravilhoso. Chamou-me “amigo”, por isso posso ser amigo de toda a gente, livre de toda a competição e de qualquer sentimento de medo.
15. Vem, Espírito Santo, Vem, Espírito Santo, quero renascer
Querido Deus, abençoa o nosso encontro e esta semana que se inicia. Amém!
Texto: Lucas 18.9-14

Introdução:

Jesus, vendo a situação da sociedade à sua volta, tocou na essência do problema. As pessoas eram religiosas, praticantes do judaísmo, mas suas relações eram marcadas pelo desprezo, pela falta de amor, compaixão, respeito e consideração, conforme se vê no versículo 9. A religião, portanto, pode produzir resultados contrários ao que dela se espera. As religiões tem feito mais para separar as pessoas do que para uni-las.

Para atacar a raiz do problema, Jesus contou uma parábola. Esta era uma forma de denunciar o mal sem citar nomes, sem apontar diretamente para as pessoas presentes. A parábola era um “caso” fictício que levaria os ouvintes à reflexão. Cada um se identificaria com um dos personagens.

- Dois homens vão ao templo para orar.

Eram aparentemente iguais. Ambos estavam realizando um ato religioso: a oração. Assim como Caim e Abel trouxeram ofertas a Deus, embora fossem muito diferentes um do outro. Vendo uma multidão que se dirige ao culto, talvez consideremos todos iguais, dignos de serem congratulados por seus atos.

- Uma pessoa mal informada, valorizaria os 2 homens da mesma forma, pelo simples fato de irem ao templo orar.

- Uma pessoa bem informada, sabendo quem eram o fariseu e o publicano, valorizaria o primeiro e desprezaria o segundo. O fariseu era um religioso, membro de uma seita judaica, zeloso pela lei de Moisés e pelo cumprimento das tradições. O publicano era um cobrador de impostos, um judeu que recolhia tributos dos judeus para entregar aos romanos. Era considerado um traidor, a escória da sociedade, desprezado e rejeitado. Do ponto de vista humano, as pessoas são valorizadas ou não, dependendo de suas posições sociais ou religiosas, sua reputação, seus rótulos pejorativos ou títulos honoríficos. Daí vem os preconceitos e as generalizações.

- Deus, sendo onisciente, valorizava os dois de igual modo, mas não pelos atos religiosos em si, pois ele não se engana pelas aparências. Apesar de valorizar os dois, Deus reprovaria um deles. As portas do templo estavam abertas ao fariseu e ao publicano. Deus valoriza a todos, recebe a todos, mas deseja que tenhamos a atitude correta em sua presença.

- As duas orações


Temos a tendência de valorizar os atos religiosos, como se fossem um fim em si mesmos. Se oramos durante 1 hora, já ficamos satisfeitos. Entretanto, não basta orar. É preciso saber porquê oramos, o quê dizemos em nossas orações e qual é o seu resultado.

- A oração do orgulho.

O fariseu fez apenas um relatório de sua vida religiosa. O problema estava na motivação. Por trás da oração havia: mero costume religioso, orgulho, soberba, presunção, egoísmo, auto-confiança, além de toda a atitude negativa contra o publicano que ali estava.

Apesar disso, o fariseu tinha muitas qualidades, conforme ele mesmo propagava. Jesus não disse que aquele homem estivesse mentindo. Era tudo verdade (18.11-12). Ele evitava alguns pecados e fazia algumas coisas boas. Porém, o pecado do orgulho e da falta de amor ao próximo passou-lhe despercebido. Observe a sutileza da iniquidade. Evitamos o que é considerado grande e escandaloso, mas cultivamos males interiores, embora igualmente mortíferos.

Sua auto-imagem (algo tão valorizado atualmente) era a melhor possível, mas não correspondia à forma como Deus o via.

O fariseu estava muito satisfeito consigo mesmo porque se comparava ao publicano e aos piores homens da sociedade. Ele não tinha em vista o padrão divino. Sua noção de justiça própria se alimentava da observação da injustiça alheia. Se, de outro modo, nos compararmos ao Senhor Jesus, sempre teremos algo para reconhecer, confessar e mudar. Nunca seremos arrogantes ou jactanciosos.

Em sua oração, o fariseu agradecia, não pelas obras de Deus, mas por suas próprias obras.

Em sua oração, o fariseu citou o publicano, não para interceder por ele, mas para acusá-lo.

Perdeu, portanto, uma grande oportunidade de orar bem. Deus estava ali para ouvi-lo, mas ele só disse bobagens.

- A oração da humildade e do arrependimento

O publicano tinha consciência do seu pecado. Isto é fundamental para que haja perdão. Sua auto-imagem era ruim, porém realista. Ele se humilhou diante de Deus, pedindo misericórdia. Tal atitude agradou o coração do Senhor.

- O resultado da oração

A oração do fariseu não obteve resposta porque ele não perguntou nada nem pediu coisa alguma, mas apenas teceu elogios a si mesmo. Eis o exemplo de uma oração absolutamente inútil. Dessa forma, muitos fariseus freqüentavam o templo em vão durante toda a vida.

A oração do publicano obteve resposta, resultado. Ele foi justificado e perdoado por Deus. Sua oração provocou uma ação divina a seu favor.

Conclusão:


- Mais vale um pecador arrependido do que um justo orgulhoso.
- O fariseu era um “falso justo” (18.9). O publicano se tornou justo de fato, pois foi “justificado” por Deus.
- Deus está pronto a perdoar. E nós? Estamos prontos para reconhecer o pecado e perdir perdão?
- Jesus é o observador onipresente. Ele vê quem está no templo, o que está fazendo, sua intenção, seu caráter, etc.
- O publicano voltou para casa justificado. O fariseu voltou da mesma forma como saiu, embora estivesse satisfeito por ter cumprido sua obrigação religiosa. Como você voltará para casa hoje?

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